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26 de Abril de 2024

Ministros do Supremo defendem equiparar homofobia a racismo

Relatores em julgamento no Supremo, Celso de Mello e Edson Facchin, também vão apontar omissão do Congresso

Publicado por Rafaella Corá
há 5 anos

Fonte: www.melloadvogados.com.br

BRASÍLIA – Os ministros Celso de Mello e Edson Fachin, relatores no Supremo Tribunal Federal (STF) de ações sobre a discriminação contra a população LGBT, vão defender a equiparação da homofobia e da transfobia ao crime de racismo, segundo apurou o Estado. Ambos também veem omissão do Congresso Nacional no enfrentamento do problema.

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Pelo menos dois outros ministros devem seguir os relatores no julgamento, que será retomado nesta quarta-feira, 20. Para formar maioria, são necessários seis votos. Este é o primeiro item da “pauta de costumes” do STF no semestre, quando também serão debatidos a descriminalização da maconha para uso pessoal e o aborto no caso de grávidas infectadas pelo vírus da zika.

Um pedido de vista (mais tempo para análise), no entanto, pode suspender o julgamento sobre a homofobia, o que já provocou a reação de entidades e setores da sociedade civil. Um vídeo com apelo da cantora Daniela Mercury para que a votação não seja interrompida chegou aos celulares de integrantes da Corte. “Nós vivemos no País que mais mata LGBTs no mundo. Por favor, a gente precisa muito que vocês prossigam e terminem essa votação, que essa votação não pare”, diz a cantora no vídeo.

A cada 20 horas um LGBT é morto ou se suicida vítima de discriminação, de acordo com relatório do Grupo Gay da Bahia. Em 2018, 420 LGBTs morreram no Brasil. Não há dados oficiais sobre esses tipos de caso.

Repercussão. Segundo apurou o Estado, as manifestações de entidades a favor da criminalização da homofobia e a fala do vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, repercutiram entre os ministros.

“Quantas mortes serão necessárias para sabermos que já morreu gente demais? 420 mortes são poucas porque há 60 mil no Brasil por ano?”, indagou Maia. “Essas pessoas foram mortas porque são pessoas, pelo que são, não porque fizeram algo.” O julgamento sobre a criminalização da homofobia será retomado com a conclusão de Mello, já considerado “histórico” pelos ministros Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia.

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3 Comentários

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Bem, eu entendo que essas leis contra o racismo só acirraram o racismo no Brasil, fazendo dos agredidos, também agressores. Sou absolutamente contra que se faça a mesma tolice com a homofobia.
Estão partindo o povo brasileiro em classes de guerra e me pergunto a quem interessa isso?
Existem leis suficientes para defender os direitos do povo brasileiro, não precisamos destacar quem é negro, gay, deficiente físico, mulher, anão etc...
Vamos tomar atitudes de unificação, de pacificação e isso começa pela educação. continuar lendo

Show, meu amigo! continuar lendo

O Pleno do STF quer deixar de forma egoísta um registro de julgamento na história individual de cada ministro. O partido proponente é um deformador em quase extinção no cenário federal. Deixo aqui um link que comentei sobre o mesmo tema.

https://www.jusbrasil.com.br/comentarios/676630387#comment_676630387 continuar lendo